O hospital psiquiátrico Lier foi construído em 1926 na Noruega e tratava cerca de 600 pacientes que foram cobaias para pesquisas de drogas experimentais na indústria farmacêutica, assim como tratamentos de heletrochoque e diversas lobotomias que tratavam a esquizofrenia. A maioria dos pacientes não sobreviveram ao tratamento rigoroso, dizem que o tratamento era feito em pacientes voluntários, mas a meu ver, se o paciente estava ali é por que ele não tinha condição psíquica de resolver o que queria sozinho, concordam?
O norueguês Ingvar Ambjørnsen, escreveu o livro “23-Salen” (23-Quartos em tradução livre para o português), é descrito como parte autobiográfica, porque o autor retrata suas próprias experiências de quando trabalhou em Lier.
O relato começa com um jovem chamado Andreas Wiegert um rapaz de 18 anos, que aceita um emprego como enfermeiro no hospital Lier. Lá ele encontra uma realidade que é chocante. O tratamento de pessoas com transtornos mentais que se caracterizam por coerção bruta, negligência e abuso.
“Os eventos que descrevo são de minha própria memória, como eu experimentei-los quando eu trabalhava como enfermeiro no Hospital Lier em 1974 e 1975.” Escreveu Ambjørnsen no prefácio.
"As pessoas não são tratadas como seres humanos, são apenas uns miseráveis que vivem em “23 quartos” do departamento mais perigoso de Lier."
A parte mais legal do livro é que ele não é vendido no Brasil... Olha que beleeeeza! O hospital foi fechado em 1986, juntamente com alguns outros hospitais que mantinham o mesmo padrão de tratamento.
